Monday, January 29, 2007

HEROES DEL SILENCIO

Estou com um espirito muito retro, isto já tem quase 15 anos o videoclip é de rir, o pá mas a minha costela espanhola já pedia à muito este tributo a uma das minhas bandas "formadoras"! Adoro este som, com nostalgia... Se estiverem interessados recomendo ouvirem: "maldito duende" "la herida" "opio" "mar adentro" "sirena varada" e acho que é tudo...
tou velho :P

Sunday, January 28, 2007

Linda Martini - Efemera

A melhor musica que se fez o ano passado, dsc pela qualidade do som...

Placebo - Protege Moi Live

Grrr a e n vi isto ao vivo...

Bright Eyes

it's cool...

Thursday, January 25, 2007

Eu.

Por recomendação da minha caríssima amiga (ver o blog "a minha lua..." aí do lado direito) eis um teste interessante; curti ver os resultados (abrasileirados):

Perfil INFP

Seu modo principal de viver é focado internamente, lidando com as coisas de acordo com a maneira com que você se sente quanto a elas, ou de acordo com a maneira com que elas se encaixam no seu sistema de valores pessoais. Seu modo secundário é exterior, através do qual você absorve fatos principalmente através da sua intuição.
Você, mais do que outras pessoas que são intuitivas e que dão mais ouvidos aos sentimentos do que à razão, e é focado em fazer do mundo um lugar melhor para as pessoas. Sua primeira meta é encontrar o seu significado na vida, perguntando coisas do tipo: "Para quê eu existo? Qual é o meu propósito? De que maneira eu posso ser útil?". Você é uma pessoa idealista que se esforça ao extremo para atingir os objetivos que identificou para si mesmo.
Você conta totalmente na sua intuição para te guiar, e usa suas descobertas para buscar constantemente o valor da vida. Você está numa missão contínua para encontrar a verdade e o significado das coisas. Cada interação e cada pedaço de sabedoria adquirida é filtrada pelo seu sistema de valores, e avaliada para ver se existe algum potencial para lhe ajudar a definir ou refinar mais ainda seu próprio caminho na vida. A meta final é sempre a mesma -- você se esforça para encontrar um significado e ajudar as pessoas.
Em geral, uma pessoa gentil e de muita consideração, você é um bom ouvinte e deixa as pessoas à vontade. Mesmo que reservado ao expressar suas emoções, você se importa demais com os outros, e é genuinamente interessado em entender e ajudar as pessoas. Esta sinceridade é percebida pelos outros, fazendo de você um amigo especial, e em que se pode confiar. Você geralmente é muito caloroso com as pessoas de quem mais gosta, embora este lugar esteja reservado para poucos.
Você odeia conflitos, e faz o que pode para evitá-los. Se você precisa encará-los, será sempre utilizando a perspectiva dos seus sentimentos. Em situações de conflito, você dá pouca importância para quem está certo e quem está errado. Você simplesmente quer resolver o conflito, pois isto lhe causa um profundo mal estar. Você pode fazer um ótimo papel de mediador, e tem facilidade para ajudar outras pessoas a resolver seus conflitos, porque você entende intuitivamente as perspectivas e os sentimentos de cada um, e quer genuinamente ajudá-las. Mas suas ações, profundamente influenciadas pela emoção, podem fazer com que você tenha muita dificuldade para resolver seus próprios conflitos.
Você é uma pessoa flexível e despreocupada, até que um de seus valores seja violado. Nesse momento você pode se tornar ríspido, lutando com muita garra e paixão por sua causa.
Quando você começa um projeto no qual se interessa, é muito comum que este se torne uma "causa" para você. Assim, mesmo que normalmente você não seja uma pessoa muito apegada a detalhes, você passa a dar uma atenção desproporcional para aquele projeto, esquecendo de todo o resto -- você deve ter muito cuidado para que isso não cause um desequilíbrio em sua vida.
Quanto a detalhes mundanos da vida (como lavar, limpar, passar, etc), você praticamente não está ciente deles. Você pode passar meses sem perceber as manchas no carpete, e, mesmo quando percebe, adia este tipo de tarefa o quanto puder. Isso pode fazer com que problemas pequenos se avolumem, e se transformem em problemas cada vez maiores.
Você não gosta de ter que lidar com fatos concretos e com lógica. Seu enfoque pessoal nos seus sentimentos e na condição humana torna difícil que você lide com decisões impessoais. Você não compreende nem acredita na validade de uma decisão que não leva as pessoas em consideração, fazendo de você uma péssima pessoa para tomar esse tipo de atitude. Você provavelmente evitará análises impessoais, apesar de poder desenvolver esta capacidade, e de conseguir ser bastante lógico. Sob estresse, é comum que você utilize a lógica de uma maneira errada quando, por exemplo, num momento de raiva, em que você cita fatos (e geralmente não completamente corretos) em uma explosão emocional.
Você tem padrões altíssimos para si, e pode ser muito duro consigo mesmo, tendo dificuldade para valorizar suas próprias qualidades. Se não resolver este seu conflito interno, nunca ficará feliz consigo mesmo, e pode ficar confuso e paralisado quanto ao que fazer de sua vida.
Pessoas como você geralmente são escritores talentosos. Você pode se sentir esquisito e desconfortável em se expressar verbalmente, mas você tem uma capacidade maravilhosa de definir e de expressar no papel, e faz isso com muito cuidado.
Você se daria bem se participasse mais de profissões de cunho social, como na área de aconselhamento ou de educação. Você se encontra o mais confortável e feliz possível quando trabalha pelo bem das pessoas, e onde você não precisa usar lógica intensamente.
Se você desenvolver suas potencialidades você poderá realizar feitos maravilhosos, apesar de que provavelmente você nunca ficar satisfeito com eles. E lembre-se: algumas das pessoas que mais causaram desenvolvimentos humanísticos no mundo foram pessoas como você.

Tuesday, January 23, 2007

Intermitência(s)

Mergulho da janela que há em mim, cada vez mais estreita, cada vez mais estreita...
O nevoeiro ampara a minha queda, como um colchão de penas demasiado fofo, todas as suas particulas são perceptíveis para mim, cada gota de água, cada subtil variação de densidade, cada temperatura, como um presente que se abre para mim esta noite.
Estou nú e deixo que a sua humidade leitosa me envolva como um manto, o nevoeiro abraça-me como um irmão que nunca tive, o nevoeiro acolhe-me como que abrindo um lençol que me esconde dos olhos do mundo.
Cada farrapo do seu ser se agita ao favor do vento, rodopia em redor da iluminação amarelada que nunca se apaga nesta rua, nesta cidade sempre igual. Faz frio agora, tanto frio, e no entanto entre cada vértebra e costela, entre cada ligamento e tendão, sob a minha pele fria, o nevoeiro condensa e rodopia... branco, todo o meu interior é branco, e o seu abraço é frio, mas seguro, tanto que me dou ao luxo de sonhar.
Não faço o esforço de acordar para uma realidade que não quero, para este absurdo que segura em pontas opostas acção e consequência, a humidade colou as minhas pálpebras e não sei porquê mas sinto-me seguro aqui. Levito por entre o nevoeiro, suspenso no seu hálito branco e frio...
Ninguém me vê, ninguém sabe que estou aqui, mesmo que a um metro, mesmo que a menos distância de ti, estou por entre os braços dos dias, no abraço do tempo, a humidade dos dias que sabe a tabaco e a hálitos e a suor, estou entre água, tão invisível como um copo cheio mesmo antes de transbordar.
A janela era tão estreita para o outro lado do espelho, fui para lá, com o nevoeiro dos dias, que me dá o abraço possivel. O espanto ficou do outro lado, do outro mundo possível e mesmo assim absurdo, e mesmo assim estranho para mim... são quartos e espaços quadrados, como as pessoas que neles habitam, que fazem do quadrilátero quatro arestas de prazer, para este lado o sexo, para o outro o prazer, no oposto a tensão vital e o sucesso fecha o mundo em meu redor, são coisas que se têm, que se sentem com os 5 sentidos, que se agarram às mãos cheias... entre os meus dedos todo um mundo de água condensada por onde se esvaem as coisas como trocos miúdos, e o melhor prisma para o perceber, não é o 5º mas sim o 6º sentido...
Se temos 2 olhos, porque não acreditar que um deles sirva para ver as coisas como elas são, e o outro sirva para ver as coisas como as sonhamos?
Sou, por fim, o nevoeiro, sou, espalhado, nas 5 colinas do Porto, sou um desabafo que o Douro conta à cidade, dos tempos em que corria por entre vinhedos, sou o sabor do xisto e do granito, sou todo o mundo, unido pela água.
Porque tenho a certeza que nada me pertence?
Porque guardo em mim a água que me há-de unir?

Saturday, January 20, 2007

Instantes Sonoros.

São quase 6h da manhã e venho de uma directa, estou pois a atingir o meu pico intelectual em que consigo fazer funcionar estes 2 neurónios ao mesmo tempo, o que muito raramente acontece.
No meio destes flashes e alucinações acordadas tive uma daquelas ideias parvas que me acometem por vezes.
Tenho por hábito associar a momentos particulares da minha vida certas influências musicais o que me levou a pensar, porque não fazer isto a este blog?
A meu ver o meu estilo de escrita, assim como as ideias subjacentes à maioria dos textos, reflectem certas particularidades que encontro no meu cardápio musical. A composição, a sonoridade, as transferências, as formas, o conteúdo são uma composição verbal de sinfonias elaboradas orquestradas no meu interior.
Por isso podem ver aqui nestes textos uns riffs distorcidos de guitarras eléctricas vindas directamente dos Nirvana, com uma atitude pós-punk nonsense, mas sobretudo o que me parece é que transformei este teclado numa grande pedaleira com que distorço sons e ideias sob a forma verbal. Por isso quando releio o que escrevo, subtilmente componho de novo a melodia, e lembra-me sobretudo de guitarras elétricas distorcidas, samplers manhosos, uma pitada de eléctrónica que varia entre o trance e o techno, um ritmo verbal do rythm and poetry, umas melodias de jazz ao estilo de "freedie freeloader"... em suma uma amálgama de coisas que roça a progressividade dos sons, a sua distorção e variabilidade, no fundo a sua maleabilidade para se transformarem em potência sonora desde a nota mais pura junto à maior distorção.

E porque não expandir um pouco a lista?
(os links estão do lado direito, que me desculpem os autores, mas acho que não me vão levar a mal)

Now I Know I Was Wrong
Este é sem dúvida uma das minhas mais apreciadas leituras diárias (seja bem vindo de novo!)! De cada vez que leio os textos deste Senhor (a quem também posso chamar de amigo, com grande honra) são melodias virtuosas! Há textos neste blog que me lembram aqueles solos de guitarra do Jimmy Hendrix, a viver a verdadeira essência da música, a conseguir fazer uma melodia fabulosa com três ou quatro notas. O encanto não está na mistura, ou na distorção, está no facto de que são notas sincronas com sentimentos profundos em nós, e não, não os faz vibrar com violência, o que este Senhor faz é dedilhar singelamente aquelas notas, arranhá-las quase ao de leve, mas com a intenção própria de quem quer e sabe modular as ondas do mar!

Lugar do Corgo
Outro daqueles blogs que apadrinharam (like older brother) o nascimento deste, com a sua qualidade e brilhantismo. Quando leio este blog saborei-o geralmente como saboreio as OST's. Faz-me lembrar um pouco a OST do Dracula de Bram Stoker's, um ambiente que pede calma e recolhimento interior, que se torna profundo com a sua inclinação clássica e cuidados formais, uma verdadeira peça de cristal que mesmo não sendo translúcida (carrega a intensidade de que todas as palavras são ditas com um sentido) promete uma redenção final com uma forma subtil. Umas quantas variações de tempo e já está, resgatanos do precipicio e devolvenos o chão.

And so on, and so on, um dos neurónios acabou de desligar, não continuo para outros blogs por falta de confirmação explicita (que me perdoem os anteriores) a hora faz-se tarde para dormir, por entre notas...

I'll slide to the other side trough Massive Attack...

Wednesday, January 17, 2007

Sobre o Aborto.

O que vai acontecer em Portugal no ano em que se comemoram os 90 anos das aparições de nossa senhora de fátima?

No ano em que se comemora o 90º aniversário das aparições de fátima, nossa senhora chora... e ela chora por milhares de inocentes que podem perder a vida antes mesmo de dar o primeiro gemido.

O não ao referendo sobre o aborto é a resposta que a santissima virgem espera de si!

Mas para além do seu voto, Portugal também precisa das suas orações. Precisamos de rezar o terço e pedir a nossa senhora que interceda por nós e afaste do nosso país este brutal e covarde atentado contra a vida. Vamos rezar o terço da vida para dar a vitória a nossa senhora e a portugal, no dia 11 de Fevereiro!

Não decepcionemos a nossa mãe do céu! Portugal vota pela vida dizendo não ao aborto.

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O que foi escrito anteriormente (excepto as introduções a azul) pode ser visto aqui:

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYlslylP_zlhUniQSnBqqBWPUUQcVXCfwJzCg7p2Dld7JBhK6NnOHBYrJSV3ESN9ZRxFN-6bwYda4GOHL4QRRFK0e7xRQQEu6m5fCOLxtohe8z3oPvxIJ4MzwOuy4t4Tv32Z0eHg/s1600-h/rosario.jpg

Sinto-me perplexo e revoltado.
O referendo sobre o aborto é uma oportunidade para o debate livre e esclarecido sobre as duas opções consideradas, uma oportunidade que desperdiçamos por cada panfleto como este que rodeia esta opção de um misticismo extremamente redutor. Com isto não conseguimos que as nossas cidadãs fiquem mais informadas, mais conscientes, acerca das várias implicações que cada opção traz consigo, longe disso, apenas conseguimos apelar a um completo obscurantismo vindo directamente da idade média que cerceia a liberdade de todos nós!
Se comemoramos os 90 anos da aparição, comemoramos também este ano os 97 anos de implementação da república, ou seja, da implementação de um regime político que consagra a total separação entre a igreja e o estado como garante fundamental de uma sociedade de direito inclusiva e liberal. É este o caminho que queremos seguir? Um caminho que conduz directamente a opções de fé sobre as opções da razão, a opções de moral sobre as opções da ética!
É preocupante, tão preocupante e sintomático como a eleição de Salazar para as maiores personagens de todos os tempos deste país, um exemplo clássico de como a aliança entre o poder politico e o poder religioso (porque não eleger também o cardeal Cerejeira???) fez perdurar durante décadas um regime ditatorial que cometeu crimes hediondos contra a população de Portugal e das ex-Colónias.

Deixo no final um bom exemplo de campanha:

http://sim-esclarecido.blog.com/

e deixo este, porque eu vou votar sim no próximo referendo.


Nota: panfleto retirado daqui:

http://ablasfemia.blogspot.com/

Monday, January 15, 2007

Silêncio.

Lembro-me de um Verão passado. Esta memória é tão presente que de repente não sei onde estou. Estou sentado junto ao Tejo, num areal fluvial, levanto-me (não sei onde estou) e ando os 100 metros que faltam até à colina. Detenho-me antes de chegar, paro no caminho, deito-me, não sei onde estou, mas estou lá.
Se for bom nesta vida, posso pedir, quando morrer, para viver de novo os momentos da vida passada em que fui mais feliz?
Posso pedir, para estar sentado ali, naquela praia, junto ao Tejo?
Posso pedir?
Os batimentos cardíacos que ouço, são de todas as pessoas, menos de mim, são tão fortes que eu já deixei de escutar o meu. Mesmo não sabendo onde estou continuo a ouvi-los aqui perto de mim. E preocupo-me tanto em escutá-los, que já não sei se o meu coração parou. Esqueci-me de o ouvir quando tentei atravessar o silêncio dos outros quando paravam.
Eu dava o meu silêncio por esse ruído compassado em ti...
É que eu já o deixei de escutar aqui, tentando escutar o teu...
Não sei onde estou.
E quando esqueço onde estou, quando me lembro, eu escuto, escuto nas memórias esse barulho compassado do teu peito, mas por muito que me esforce não consigo escutar o meu. Sabes quando foi que parou?
E por muito que escute nas memórias não me lembro das respostas, ou de ter dito alguma coisa.
Lembras-te quando me falavas do Porto naquela sala repleta de relíquias? Eu estava sentado ao teu lado, sentia o teu coração que me falava de dor, mas ainda não sabia escutar o meu.
E queria resgatar o teu sopro, pelo meu... mas eu não o sabia encontrar.
Quando desapareceste em sangue, sem saberes o que era a luz, nem aí o soube encontrar, para te dar completo, esse anjo da guarda que nem chegou a aparecer... não sabia o nome pelo qual o podia chamar.
As noites vestiram-se de dourado, depois de estar lá no meio da luta pelo ouro, eu só queria calar a ganância com o meu sopro sobre o teu... o teu braço sobre o meu, não sabias mais do que eu mas não tapavas os teus olhos como eu, sabias o que eu te queria dar, mas como não escutavas o meu próprio coração a bater enquanto o teu se apagava, não me sabias pedir o que eu tanto queria dar. Guardei-o então, e cada vez mais rezei para poder escutá-lo quando mais precisasse. E nas noites douradas, por entre a água e o ar entre nós tentei por tudo escutá-lo.

Não o ouviste, pois não, nem soubeste mentir, a verdade surgiu tão crua como o silêncio que sai do meu peito quando a voz quer gritar.

Já morri mil vezes, e nem por uma vez isso importou.

Wednesday, January 10, 2007

Leap of Faith

Antes de prosseguirem, vejam isto:

http://www.youtube.com/watch?v=0h_ifrP1WaE


Chamem-lhe persistência ou teimosia, grande parte do que toleramos nesta vida ganha o seu sentido através das consequências previsíveis. Uma questão de fé, portanto.
Por vezes, porque a vida não se resume a equações simplificadas, a fé transcende os resultados, para se resumir a pessoas. Nesta altura, chamam-lhe confiança.
Por fé e confiança esqueci noites e madrugadas, esqueci exames, esqueci a dor e a vergonha, o cansaço, a história e as conveniências. Não me sinto orgulhoso por isso, é simplesmente o que tinha de fazer, não me sinto, igualmente, traído, porque nunca o fui.
A minha evolução faz-me conhecer cada vez mais o género humano. A surpresa é não haver surpresa, a realidade é simples e intuitíva. Quando julgamos que não é, mais do que a realidade observamos os nossos preconceitos e hipocrisias.
A verdade é que pelas respostas que obtenho, questiono-me se estarei a colocar as perguntas certas.
Se saltei para o vazio, ou se encontro um solo certo depois daquilo que não vejo...
Deixei de me preocupar com aquilo que os outros pensam de mim, é libertadora a sensação de caminhar na rua com uma gravata bordeaux e uns headphones brancos, ou a minha barba de 3 dias, o meu olhar raramente se cruza com outro olhar, é como caminhar num vazio repleto de corpos. Há uma diferença entre caminhar de cabeça erguida por orgulho, ou apenas por dignidade.
Não há braços que ofereçam conforto, nem pele que se suavize nas pancadas da vida, os carácteres são esculpidos com fogo, são esculpidos pelos saltos que damos para um vazio onde apenas podemos esperar algo por fé. A cada salto falhado, ou em cada sucesso, o orgulho é tão informe como o vazio negro que enfrento antes de encontrar o solo, ou o mergulho sem fim.
Não tenho orgulho em mim, tenho um caminho, e um blog chamado "the way".
Não tenho ideia que seja dificil, ou solitário, ou outras particularidades que o possam tornar similar ou diferente a outros caminhos. Sei que o abracei por completo e que o não trocaria por qualquer outro. E como em qualquer coisa em que acredite, vivo-o intensamente, febrilmente, porque apenas assim faz sentido. Nunca serei metade de mim naquilo que faço.

P.S. um enorme obrigado a todos os que comentaram o Post anterior! O post nº 101 é dedicado e tributário a um post que li num dos blogs que se encontram nas minhas "leituras diárias".