Wednesday, January 17, 2007

Sobre o Aborto.

O que vai acontecer em Portugal no ano em que se comemoram os 90 anos das aparições de nossa senhora de fátima?

No ano em que se comemora o 90º aniversário das aparições de fátima, nossa senhora chora... e ela chora por milhares de inocentes que podem perder a vida antes mesmo de dar o primeiro gemido.

O não ao referendo sobre o aborto é a resposta que a santissima virgem espera de si!

Mas para além do seu voto, Portugal também precisa das suas orações. Precisamos de rezar o terço e pedir a nossa senhora que interceda por nós e afaste do nosso país este brutal e covarde atentado contra a vida. Vamos rezar o terço da vida para dar a vitória a nossa senhora e a portugal, no dia 11 de Fevereiro!

Não decepcionemos a nossa mãe do céu! Portugal vota pela vida dizendo não ao aborto.

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O que foi escrito anteriormente (excepto as introduções a azul) pode ser visto aqui:

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYlslylP_zlhUniQSnBqqBWPUUQcVXCfwJzCg7p2Dld7JBhK6NnOHBYrJSV3ESN9ZRxFN-6bwYda4GOHL4QRRFK0e7xRQQEu6m5fCOLxtohe8z3oPvxIJ4MzwOuy4t4Tv32Z0eHg/s1600-h/rosario.jpg

Sinto-me perplexo e revoltado.
O referendo sobre o aborto é uma oportunidade para o debate livre e esclarecido sobre as duas opções consideradas, uma oportunidade que desperdiçamos por cada panfleto como este que rodeia esta opção de um misticismo extremamente redutor. Com isto não conseguimos que as nossas cidadãs fiquem mais informadas, mais conscientes, acerca das várias implicações que cada opção traz consigo, longe disso, apenas conseguimos apelar a um completo obscurantismo vindo directamente da idade média que cerceia a liberdade de todos nós!
Se comemoramos os 90 anos da aparição, comemoramos também este ano os 97 anos de implementação da república, ou seja, da implementação de um regime político que consagra a total separação entre a igreja e o estado como garante fundamental de uma sociedade de direito inclusiva e liberal. É este o caminho que queremos seguir? Um caminho que conduz directamente a opções de fé sobre as opções da razão, a opções de moral sobre as opções da ética!
É preocupante, tão preocupante e sintomático como a eleição de Salazar para as maiores personagens de todos os tempos deste país, um exemplo clássico de como a aliança entre o poder politico e o poder religioso (porque não eleger também o cardeal Cerejeira???) fez perdurar durante décadas um regime ditatorial que cometeu crimes hediondos contra a população de Portugal e das ex-Colónias.

Deixo no final um bom exemplo de campanha:

http://sim-esclarecido.blog.com/

e deixo este, porque eu vou votar sim no próximo referendo.


Nota: panfleto retirado daqui:

http://ablasfemia.blogspot.com/

6 Crossroads:

Blogger Different said...

Pasmada...
Por acaso vi o panfleto lá por casa, mas nem li. Fui logo colocá-lo ao saco dos papéis para o eco-ponto, como faço com toda a publicidade... Infelizmente esta questão já chegou ao fanatismo, o que só faz com que os cidadãos fiquem ainda menos esclarecidos.
Não pertenço a nenhum movimento nem quero pertencer. Qualquer dia enforcam-se mulheres por terem abortado e queimam-se mulheres por serem religiosas. Não sei por onde vou. Só sei qe não vou por aí.

8:26 PM  
Blogger Daniel C. said...

Cara different:
Nem eu me sinto à vontade para percorrer caminhos que escolhem para mim...
O que me revolta acima de tudo são os extremos em que se cai de ambos os lados da trincheira, onde está o debate de ideias, a informação, o esclarecimento???
Do lado do sim já vi apresentarem um estudo que relacionava a diminuição da criminalidade com a liberalização do aborto (!?). Uma das conclusões do estudo era que a liberalização do aborto preveniu o aparecimento de individuos em ambientes antisociais,conduzindo a um decréscimo da criminalidade. Para além de ser um estudo com pouca ou nenhuma validade cientifica, o conceito subjacente parece ter vindo directamente dos crematórios de Auchswitz... utilizarem isto como um argumento a favor do sim parece-me tão condenável como o fanatismo do panfleto que mostrei aqui.
Não enforco ninguém, nem vou pegar em tochas para incendiar igrejas, respeito crentes e não crentes por igual. Agora, decisões como esta que vai a referendo devem ser decididas por todos nós em qualquer dia da semana e não ditadas e imprimidas em nós por um orador, ao Domingo, do alto do seu púlpito.
Este post é uma critica ao excesso. O excesso não é exclusivo do não, deixei aqui um exemplo para o provar. A liberalização da IVG não é uma questão política e muito menos religiosa, é uma questão social fracturante, que devia ser discutida com factos e ética. O que não está a acontecer.

Porque também disse José Régio (Poema do Silêncio):

Senhor dá-me o poder de estar calado,
Quieto, maniatado, iluminado.

e nenhum de nós devia estar assim.

3:59 PM  
Anonymous Anonymous said...

Acho que cada um de nós deverá ter a opção de optar sobre o que acha melhor para si, e não lhe devemos limitar as escolhas. Como tal, com a opção do não, estará a limitar-se a escolha das outras pessoas aos ideais de outras pessoas, impossibilitando que todos nós possamos optar de acordo com as nossas crenças e ideais.

Não devemos tentar impor a nossa opinião nas outras pessoas. E lembrem-se, quem realmente pretende abortar, não terá importância a lei, pois irão abortar, o SIM irá permitir que o façam com todas as condições de higiene e segurança, e não tenham que recorrer a um qualquer "vão de escada".

E quem não quer abortar, nunca o irá fazer, independentemente da lei, mas permitam às pessoas que pretendam recorrer a tal situação, que tenham as condições necessárias.

Só mais um aparte, lembrem-se que esta lei é mais importante para os que são de baixos recursos económicos, pois como todos nós sabemos, quem tem possibilidades económicas recorre ao estrangeiro, nomeadamente a Espanha, e em outros tempo, a Inglaterra. Perante tal, apenas se irá acentuar cada vez mais o fosso entre os pobres e os ricos..

Hugo

10:51 PM  
Blogger astolfo said...

ja ha padres q prometem excomungar as sras q enveredem pelo aborto...
tenham medo, mt meedooo...

ps. tb nunca gostei de extremismos. seja em questoes politicas, religiosas, futebolisticas ou afins. muito menos qd as convicçoes sao de tal maneira cegas q dirijam as pessoas para uma determinada direcçao sem saberem exactamente porquê, mas apenas pq sim. tens razao, ha excessos, ha falta de informaçao, ha no fundo, mta falta de razao...

um abxo

12:34 AM  
Blogger Daniel C. said...

Subscrevo veementemente os 2 comentários anteriores!
No meio de tanta hipocrisia e fundamentalismo (de ambas as partes) é muito bem vindo um pouco de senso comum.

5:36 AM  
Blogger nexinha said...

Permite-me só esclarecer uma coisa, o próprio cardeal Policarpo, disse cm tu mesmo disseste: trata-se de um problema a nível social, do estado e do país,e não a nível da igreja. E permita-me o Paulo de dizer que esses padres que prometem excomungar as sras que enveredem pelo aborto, não são padres dignos nem cristãos verdadeiros.. perguntem ao Papa para ver o que ele diz... Já agora, outra coisa, esse panfleto é uma mera campanha não oficial, saiu ha uns tempos uma folha informativa da igreja que explica a sua posição e fala não só de aspectos éticos e cristãos, mas também a nível social, económico e etc.. e no final não diz nada como o "vote não", nem sequer fala na Nossa Senhora que chora...
Há certos mal-entendidos, assim como falta de informação, cm dizes... Opinião minha deste assunto brevemente no meu blog...!

12:57 PM  

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