Monday, March 14, 2011

drowning by numbers

don't you think you're in this song?

não... não são os teus braços que me vão devolver a dignidade
por muito que me apertes contra o teu peito e me prometas que tudo vai ficar bem...
as tuas lágrimas continuam a bater contra o meu peito, sem conseguir quebrar o meu selo
nunca estivemos tão longe meu amor
nunca como agora que me seguras sobre a chuva e me impedes de cair...
nunca como agora que me pedes para continuar
nunca como quando o meu coração se detém entre batidas e fica suspenso entre os nossos corpos unidos, nem nesse momento tudo fica bem, porque no fundo
não me apertas contra ti
apertas-me contra um pedaço frio de metal
e não consigo deixar de sentir que o meu corpo se funde com ele, e não com os teus braços
vamos separar-nos aqui
e não há nada que possamos dizer para evitar este destino
por muito que não me deixes partir da tua beira
eu já estou lá, do outro lado da estrada

e portanto podes abraçar-me
dizer-me que tudo vai ficar bem
afinal a mentira que repetimos não se transforma em verdade por apenas acreditarmos que sim...

afinal nem eu nem tu, valemos algo mais do que isto
entre a minha solidão galopante e a tua falta de escrúpulos há um ano luz de distância e é essa a nossa verdadeira distância mesmo que a nossa pele se toque
recriminar-te-ia se fosse melhor
preferiria um momento de raiva a esta impotência total
não é por te culpar que não durmo de noite
é por esta sensação de vazio que senti quando me apertaste contra ti
partimos em caminhos diferentes, sem nenhum de nós querer
restava-nos destilar a nossa própria culpa e esperar por um dia melhor
agora quando te vejo, nem o nosso olhar é capaz de cruzar, nem o nosso corpo é capaz de dar o passo necessário para abrir um caminho

amanhã, tento de novo
não porque acredite, mas porque me fazes falta
só tenho amor por ti na partida, na chegada há apenas distância
com uma estrada coberta de triângulos vermelhos, sinalizando o perigo.

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