Jesus
O pôr-do-sol, em tons rosados, convidava a espraiar a mente pelo beiral de cimento.
Era como se o dia se despedisse de nós assomando-se ao parapeito, brilhando discretamente prometendo voltar amanhã.
Ao lado esquerdo da porta, de cabeça ao lado como sempre, estava J acompanhado pela sua mulher, esperando pacientemente pela sua 7ª hora.
Os seus olhos são azuis, como sempre, azuis como as suas queixas encobertas, azuis como a sua prédica constante por um Jesus que produz a piada fácil e costumeira. E ao seu lado, como se lá estivesse desde sempre, a mulher persiste em limpar um fio de baba que constantemente lhe escorre pelo lado direito da cara.
Sobra o seu comentário estóico, que apenas a mim consegue arrancar um sorriso, e as suas mãos queimadas pelo couro dos sapatos. E aguenta os processos com que lhe arrancam qualquer coisa mais para conforto da consciência do que de seu real valor.
Hoje peguei-lhe nas pernas e levei-o pelo ar até ao limite do seu mundo.
Jesus não apareceu, acho que foi de férias.
Digam-lhe, quando voltar, que o J estava cansado e apenas queria voltar para o conforto daquilo que conhece. Não precisava de escutar as queixas de quem trabalha demais por coisas a menos. Não precisava de escutar argumentos, ele não pediu este sol.
Já lhe bastaram todos aqueles que inclementes lhe queimaram a pele até a deixarem tisnada e a saber a pão com o qual matava a fome aos filhos.
O que me dirias se falasses, se o tempo me sobrasse, se te levasse a tomar café a um local da tua escolha e te ajudasse a pegar nas cartas para uma suecada com os teus melhores amigos.
Por acaso não te saberia melhor?
Não me venham portanto dizer que sou bom, mendigar as minhas mãos esperando uma cura, não me elogiem por tão pouco, vocês não fiquem aí...
Acendam o cigarro e consolem-se com os 20% que restam.
Se a vida se esvai no 1% ao dia, não o passem aqui.
Eu faço-vos a todos companhia, enquanto a vontade for maior que o meu corpo...
Era como se o dia se despedisse de nós assomando-se ao parapeito, brilhando discretamente prometendo voltar amanhã.
Ao lado esquerdo da porta, de cabeça ao lado como sempre, estava J acompanhado pela sua mulher, esperando pacientemente pela sua 7ª hora.
Os seus olhos são azuis, como sempre, azuis como as suas queixas encobertas, azuis como a sua prédica constante por um Jesus que produz a piada fácil e costumeira. E ao seu lado, como se lá estivesse desde sempre, a mulher persiste em limpar um fio de baba que constantemente lhe escorre pelo lado direito da cara.
Sobra o seu comentário estóico, que apenas a mim consegue arrancar um sorriso, e as suas mãos queimadas pelo couro dos sapatos. E aguenta os processos com que lhe arrancam qualquer coisa mais para conforto da consciência do que de seu real valor.
Hoje peguei-lhe nas pernas e levei-o pelo ar até ao limite do seu mundo.
Jesus não apareceu, acho que foi de férias.
Digam-lhe, quando voltar, que o J estava cansado e apenas queria voltar para o conforto daquilo que conhece. Não precisava de escutar as queixas de quem trabalha demais por coisas a menos. Não precisava de escutar argumentos, ele não pediu este sol.
Já lhe bastaram todos aqueles que inclementes lhe queimaram a pele até a deixarem tisnada e a saber a pão com o qual matava a fome aos filhos.
O que me dirias se falasses, se o tempo me sobrasse, se te levasse a tomar café a um local da tua escolha e te ajudasse a pegar nas cartas para uma suecada com os teus melhores amigos.
Por acaso não te saberia melhor?
Não me venham portanto dizer que sou bom, mendigar as minhas mãos esperando uma cura, não me elogiem por tão pouco, vocês não fiquem aí...
Acendam o cigarro e consolem-se com os 20% que restam.
Se a vida se esvai no 1% ao dia, não o passem aqui.
Eu faço-vos a todos companhia, enquanto a vontade for maior que o meu corpo...
moral da história: tás te a marimbar p'ra gente?
Olá... regressada. Que tal?
Toma lá um beijo.
Por alguma razão ele se chamava jesus..
Olá!
Ainda não percebi porque tens de regressar, não se estava muito melhor em OZ?
Importo-me com toda a gente, chamo-lhe o meu sindrome de "guarda-chuva" quero proteger toda a gente que me rodeia, o que me torna um ser extremamente egocêntrico...
1 beijo*