O Reduto
As últimas linhas de defesa, as muralhas lá ao longe, abandonam-se com o passar dos dias.
No final o que te resta é este caminho que medeia entre a fronteira do teu reino e um lugar chamado centro.
As muralhas ao longe ainda chamam por ti, distantes, para que defendas longe do que é sagrado os limiares de todas as outras coisas mundanas que se abatem sobre elas como vagas sucessivas de inimigos.
As muralhas, lá ao longe, chamam por ti abandonadas, enquanto caminhas de costas voltadas para elas, chamando a cada passo que te afasta um nome de uma doença, ou de um descuido, ou de uma qualquer outra coisa que signifique uma outra ameia cair.
E no teu reino que súbditos dominas, que pedaço de chão poderás chamar de teu, excepto o salão em frente ao trono? Esperam por ti, cansados, no salão, por te quererem bem, como o teu ceptro e a tua coroa de louros, ou o espelho que nada te pode oferecer para além de ti.
E neste espaço já nada te pode derrotar, excepto o tempo, que encolhe estas paredes de cada vez que retrocedes, que te contempla sentado no teu trono quando o desocupas procurando melhor sorte.
Não tens conquistas que pendurar nas paredes, nem contos de lá fora ardem na tua lareira iluminando o teu reduto. Tens um caminho que conheces de cor entre as muralhas do limite e a retirada, e tens todo o tempo do mundo, para ver que no teu reduto, és rei de coisa alguma, parecendo-se com um rei do mundo inteiro.
No final o que te resta é este caminho que medeia entre a fronteira do teu reino e um lugar chamado centro.
As muralhas ao longe ainda chamam por ti, distantes, para que defendas longe do que é sagrado os limiares de todas as outras coisas mundanas que se abatem sobre elas como vagas sucessivas de inimigos.
As muralhas, lá ao longe, chamam por ti abandonadas, enquanto caminhas de costas voltadas para elas, chamando a cada passo que te afasta um nome de uma doença, ou de um descuido, ou de uma qualquer outra coisa que signifique uma outra ameia cair.
E no teu reino que súbditos dominas, que pedaço de chão poderás chamar de teu, excepto o salão em frente ao trono? Esperam por ti, cansados, no salão, por te quererem bem, como o teu ceptro e a tua coroa de louros, ou o espelho que nada te pode oferecer para além de ti.
E neste espaço já nada te pode derrotar, excepto o tempo, que encolhe estas paredes de cada vez que retrocedes, que te contempla sentado no teu trono quando o desocupas procurando melhor sorte.
Não tens conquistas que pendurar nas paredes, nem contos de lá fora ardem na tua lareira iluminando o teu reduto. Tens um caminho que conheces de cor entre as muralhas do limite e a retirada, e tens todo o tempo do mundo, para ver que no teu reduto, és rei de coisa alguma, parecendo-se com um rei do mundo inteiro.
Numa palavra: Gostei
S.alienígenas