Monday, March 31, 2008

1. Frienemies

Version 1.1.

"Guide to a moving target"

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Será que custa assim tanto.
Por um momento ser mau?
Não pedes nada a ti próprio, que outros, no lugar de oponente não fizeram com grande proveito.
Mas será assim o resultado tão importante que justifique o meio?

Haverá entre esses, aqueles que acordem todos os dias de manhã, sem se preocuparem demais com quem os vai receber no final do dia... se a sua própria consciência fria e cortante como o vento do qual se abrigam, se um igualmente frio resultado, tão sincero e concreto como a jarra de vidro que têm à entrada da sua casa num móvel antigo que veio do lugar que negaram à muito.

Porque um dia regressas de uma rotina marcada, e num inspirado reflexo de fim do dia vês naquele horizonte o sol a pôr-se e tu sem a certeza de que alguma vez o vais ver a levantar de novo. E de certa forma vês claramente, de olhos semi-cerrados por causa daquele disco alaranjado que te cumprimenta no final da estrada, o que te andaram a fazer estes dias todos... E de certa forma pedes-lhe que sejam como tu, e tenham príncipios, porque até ao contrário do que acreditavas, são mais as vezes em que te salvam os princípios dos outros do que as vezes que são os teus próprios princípios a salvarem-te, pedes-lhes que não tenham esperança, ou no minimo pedes-lhes que se as tiverem, que as passem pelo menos pelo crivo equilibrado da consciência, acrescentas que se o não fizerem podem olhar para as tuas cicatrizes internas e externas como prova viva de que criticamente não há veneno possível que mate os teus fantasmas... mas...

Se reduzirmos tudo á essência... resta a esta questão, um ponto de coerência...

Chamem-lhe confiança e ofereçam indiferença, ou hábito, ou rotinas ou mesmo uma cidade, um país, ou outro continente... ofereçam-lhe tudo o que conta para alguma coisa... ou não ofereçam nada, resistam! Resistam à passagem dos dias indiferentes... enquanto esperam que a rotina os apanhe... ofereçam confiança...

Nem sequer no futuro... não ofereçam confiança no futuro... ofereçam confiança a vocês próprios.

E tudo... mas tudo... vai correr bem.

Quando não correr... blame it on the black star...


Naquela noite sabiam intimamente mas não o queriam confessar que algo de muito bonito morreria alí por entre o orvalho nocturno de final de verão e a ponta do cigarro que partilhavam abraçados.
Já nem a cama podia ser a mesma de outras vezes, já não escolheram um lugar estranho para o fazer...
Foi mesmo alí, no único espaço que restava por não ser deles.
Fizeram amor...
E ficaram abraçados a ver morrer o dia...
Morreram com ele.
E no outro dia acordaram diferentes.


Version 1.1.
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