Tuesday, July 11, 2006

Porque sim!... :)



Entre o meu PUFF e a LUA!



Porque és capaz de perdoar... menos a ti
Porque és capaz de aceitar... excepto a ti
Porque és capaz de abraçar o passado e limpar uma lágrima...mas nunca a ti
Porque és capaz de um abraço, de uma palavra amiga e de uma esperança possível... mas longe de ti
Porque sempre dás um pouco mais para além de ti, sem uma palavra esperando um obrigado... mas resusas-te a ti
Porque recordas e limpas o olhar do teu medo e dúvida, porque apenas és humano...mas desiludes-te a ti
Porque perdoas um erro, um exagero, uma palavra não dita... mas não é possível
Porque aceitas que o futuro te escape como areia entre os dedos e compreendes problemas à dimensão de quem vive, pela grandeza que têm, pela luta possível... não és maior
Porque desenhas palavras no ar e sorris para os outros... sem ser possivel para ti
Porque abnegas um acto ou palavra, sem consequência, apenas momento... mas o presente é aqui
Porque levitas e sonhas, e arriscas o erro, sem questionar, quando tu fechas os olhos e te deixas cair sem duvidar que os braços acolhem sempre os teus braços os meus olhos nos teus, a minha pele contra a tua, os meus lábios esquecidos perdidos das horas que insisto em contar em segundos que passam e esquecem os próximos... tens apenas o agora
Porque cresces para fora e convences sorrisos e descobres surpresas e plantas jardins... mas queres ficar
Porque te tornas rochedo ou onda do mar apenas com o sonho, apenas com a força de ser... é impossível talvez
Porque insuflas de vida quem ousa querer, ou ousa sonhar, ou ousa viver, a respirar, a transcender, sem se perder o momento que temos dentro de nós, sem importar as palavras que insistem em estar dentro de cofres de vidro que impedem chegar, quem não se importa com unhas de vidro que raspam quem quer florescer e se importa que a chuva caia de um lado qualquer, desde que caia em feição de se ser, produto de um sonho sonhado para nós, ser realizado em méritos próprios, que se transfiguram em sucesso de alguém, que pretende o deleite de uma vida votada a um caminho traçado a rigor... mas sou um pecado em gaiola dourada
Porque intruis como um beijo de ti, dando mais um sorriso cansado, mas sempre em fulgor, de achar que é completo a dar como quem se compacta em segredos e se extende em surpresas, como podes querer, ser um dado na vida, lançado no espaço, numa aposta impossível mas que vai quer ser possivel... como podes tentar
Porque usas memórias como planos traçados, como lastros possíveis que te fazem passar neste rio da vida com a doçura de quem vai guiado por mim, barco lançado a estibordo que sonha seduzir a tempestade por ti... custa tanto tentar
Porque queres ser criança e sonhar ser possivel voar sem sair do mesmo lugar sem esperar um momento que aplaudam teu voo, porque as mãos que aplaudem são as mesmas que fecham na hora que cais nesse chão que abandonas, porque sonhas voar, e te esperam em agressões que se alastram pela inveja que fica, pelo dedo apontado aos seus rostos fechados, pelo espelho que causas, pelo ar que afastas de quem só consegue amarrar-te a esse chão... e recusas voar
Porque és forte e um pecado, e apenas humano, és um sonho lançado a um chão de um destino que quiseste escolher, para negar o caminho que traçavam para ti, e traçares com o teu sangue o caminho para ti e escolheres nesses versos quem te há-de guiar se souberes que o teu norte é esse que tens no peito fundente que te dói e massacra e escreve o teu nome em suor e em chamas num céu que desaba e quer-te esmagar, porque queres ser mais alto que a mais alta montanha que pediram para ser mais uma planície que fácil será por pés neste chão que eu te dei por dar, por ter desistido de um anjo da guarda, por ser este chão a minha mortalha que sabes arder e sabes vencer, por uma estrela que sabe brilhar, por uma esperança que não vais quebrar, por uma flecha apontada para ti, por ser o herói que quiseste que eu fosse, por ser mais um homem, por ser o maior, por ter uma pele que há-de secar, ao vento que passa ao que sol que abrasa, que há-de deixar memórias na pele, e cego o olhar que há-de traçar a linha do rosto que quis contemplar na hora da morte do tempo, da vida e o som que se ouve é o som do piano que cai no abismo que se abre quando, aquilo que resta é uma palavra em cofre de vidro, que se vai quebrar... e olhas no espelho... e sabes que não há... palavra que chegue ao centro de ti...


... e te acorde e embale ao som de uma música...


...que sabes ser calma, por ser como tu...

...és

...

... E NEGAS POR TUDO, POR TUDO, AQUILO QUE DÁS...

...aos outros...


..esqueceste de ti...




P.S.- o meu melhor post.

3 Crossroads:

Blogger Miguel said...

Bro aqui está a promessa a ser cumprida... demoro mas não falho.

Quando digo que estas destinado a ser grande... é por causa destas coisas (grande post).

"Obstacles are those frightful things you see when you take your mind off your goals."

Está combinado, assistimos ao fim do mundo juntos, a dar umas boas gargalhadas. aquele abraço.

2:03 PM  
Anonymous Anonymous said...

Meu amigo....isto é que foi um regresso em beleza,estás de parabéns, e só posso concordar contigo, é mesmo o melhor post!! 1Beijo enorme e continua a deliciar-nos com estes textos maravilhosos

8:31 PM  
Blogger astolfo said...

abstenho-me. cada post teu, como cada acção, é sp o melhor.

gd abxo

1:17 AM  

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