Porto
Apetece-me escrever, não pela imensa monotonia do acto, ou pela suposta solidão do acto criativo mas simplesmente apeteceu-me revolver este imenso caldeirão borbulhante onde por entre uma amálgama de processos e sentimentos, surge languidamente o fumo branco onde projecto o meu futuro.
A noite que percorro sabe-me a outras tantas noites, densamente negra, intensamente silenciosa quebrada pela monotonia de uma voz que insiste em cantar quando lhe faltam as palavras e os actos se perdem em estilhaços angustiados, fogos fátuos de uma alma incansável.
Percorro ruas conhecidas, que se despem da luminosidade do dia e perdem a profundidade das sombras, o que resta é esta simples realidade soturna mas intensamente mágica que apenas esta cidade pode ter.
Uma cidade marcada a cicatrizes profundas que emerge maior do que a soma das pequenas almas colectivas que em si habitam, uma cidade negra, suja e feia, que muitos aprendem a odiar apenas porque lhe desconhecem o sentido único e puro de ser. O Porto é uma quarentona sensual que se veste de preto, seduzindo mais pela maneira como se meneia por entre colinas e planícies e namora o rio sem lhe tocar, do que por toques artifíciais de maquilhagem. O Porto é telúrico nas suas formas e sentidos escondidos, no seu granito e formas agrestes e austeras, pela força e cumplicidade, o Porto é invicto e orgulhosamente detém uma generosidade desmedida e uma agrura quase cruel.
Não sei amar esta cidade, não sem antes contorcer este amor por entre os frios caminhos de um desejo quase carnal de me fundir na sua tortuosidade sinistra e bafienta, o Porto não se possui, o Porto acolhe-nos, como um velha meretriz diante de um jovem imberbe.
O Porto aprende-se com todos os sentidos, em cada esquina e viela, em cada forma intrínsecamente ligada a uma alma.
O Porto apaixona-me e inflama o meu desejo, sem nunca o possuir, nele habito, e sorvo a sua alma sôfrego, porque como eu vive intensamente, namorando um rio que corre e alimenta.
A noite que percorro sabe-me a outras tantas noites, densamente negra, intensamente silenciosa quebrada pela monotonia de uma voz que insiste em cantar quando lhe faltam as palavras e os actos se perdem em estilhaços angustiados, fogos fátuos de uma alma incansável.
Percorro ruas conhecidas, que se despem da luminosidade do dia e perdem a profundidade das sombras, o que resta é esta simples realidade soturna mas intensamente mágica que apenas esta cidade pode ter.
Uma cidade marcada a cicatrizes profundas que emerge maior do que a soma das pequenas almas colectivas que em si habitam, uma cidade negra, suja e feia, que muitos aprendem a odiar apenas porque lhe desconhecem o sentido único e puro de ser. O Porto é uma quarentona sensual que se veste de preto, seduzindo mais pela maneira como se meneia por entre colinas e planícies e namora o rio sem lhe tocar, do que por toques artifíciais de maquilhagem. O Porto é telúrico nas suas formas e sentidos escondidos, no seu granito e formas agrestes e austeras, pela força e cumplicidade, o Porto é invicto e orgulhosamente detém uma generosidade desmedida e uma agrura quase cruel.
Não sei amar esta cidade, não sem antes contorcer este amor por entre os frios caminhos de um desejo quase carnal de me fundir na sua tortuosidade sinistra e bafienta, o Porto não se possui, o Porto acolhe-nos, como um velha meretriz diante de um jovem imberbe.
O Porto aprende-se com todos os sentidos, em cada esquina e viela, em cada forma intrínsecamente ligada a uma alma.
O Porto apaixona-me e inflama o meu desejo, sem nunca o possuir, nele habito, e sorvo a sua alma sôfrego, porque como eu vive intensamente, namorando um rio que corre e alimenta.
Bravo...
O Porto é único, meu caro... tem muito mais do que pensamos... e no entanto basta olhar à nossa volta...
"Por ruas e ruelas, de mistério e tradição..." *
(li agruras e não precisei de ir ao dicionário!! ;) )
n te eskeças q inda há-de vir o karaokezinho do "porto sentido"...abxo