run the tests, i know.
...ela chegou, e eu adorava como ela conseguia dar ás palavras uma convicção capaz de mudar o mundo. e eu dançava. ela chegou do planeta dos sorrisos onde aprendeu a respirar e eu trazia a força e o sentido. e o sol brilhava intensamente. e o ar era fresco e suave como nas noites de verão. conhecia o seu corpo antes de lhe tocar de olhos fechados. o seu toque era magia. e as borboletas esvoaçavam num pano negro de fundo. e eu sorria. lembro-me quando o monstro chegou e eu chorava. tão baixinho que tu nunca vias. lembro-me da chuva a cair e eu esforçadamente a limpar os olhos que sabiam a sal. para não dormir. lembro-me de vigiar o teu sonho, enquanto gelava com o medo que havia em mim. lembro-me do silêncio e do calor, do aconchego duma manta e dos trocos que contávamos quando tinhamos fome. lembro-me do desejo puro, da loucura, e do sorriso entre o fumo, conhecia de cor cada canto e cada caminho até ti, e sofria, sem vacilar...
... ela partiu, quando o mundo chega e nos diz que é errado, quando as escolhas estão feitas à partida e o que sobra é o mundo das conveniências. e cavando o mesmo fosso removiamos a terra para construir novas pontes até ao outro mas sempre sem perceber que essas pontes nos levavam para destinos que não queríamos e que a terra que removiamos era a mesma terra que nos unia. os sorrisos esmoreceram como o desejo, o tempo passava e a luta era contra tudo, menos por nós, o caminho do sucesso e do orgulho, do dinheiro e da abundância. de restaurantes caros e momentos fátuos, deixamos a chuva cair, sem reparar. submergido no medo e perdendo a razão. e ela partiu, com o presente envenenado dentro de si, o nosso orgulho à frente, o nosso pecado em frente, substituindo cada mosaico por um vazio sem dó, com a dor que restava, ela partiu, e deixou o silêncio que passa, um caminho que segue. quando perder é uma questão de método e distância, um tempo que escapa, e um caminho, sem fim...
... ela partiu, quando o mundo chega e nos diz que é errado, quando as escolhas estão feitas à partida e o que sobra é o mundo das conveniências. e cavando o mesmo fosso removiamos a terra para construir novas pontes até ao outro mas sempre sem perceber que essas pontes nos levavam para destinos que não queríamos e que a terra que removiamos era a mesma terra que nos unia. os sorrisos esmoreceram como o desejo, o tempo passava e a luta era contra tudo, menos por nós, o caminho do sucesso e do orgulho, do dinheiro e da abundância. de restaurantes caros e momentos fátuos, deixamos a chuva cair, sem reparar. submergido no medo e perdendo a razão. e ela partiu, com o presente envenenado dentro de si, o nosso orgulho à frente, o nosso pecado em frente, substituindo cada mosaico por um vazio sem dó, com a dor que restava, ela partiu, e deixou o silêncio que passa, um caminho que segue. quando perder é uma questão de método e distância, um tempo que escapa, e um caminho, sem fim...